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sábado, 26 de dezembro de 2009

03 - Fotos de António Pires (Picada Nova Coimbra-Lunho)



-O António Pires é um Amigo que foi Fur. Milº. Mecânico Auto, tal como eu, e esteve no CSM/QG/RMM.
-Foi em serviço ocasional á zona do Niassa nos meses de Outubro a Dezembro de 1972 tendo passado por Nova Coimbra a caminho do Lunho, onde tirou algumas fotos que fez o favor de me ceder. Agradecido pela atenção, vou colocá-las ao vosso dispor pois são os militares da C.Caç.3468 e as suas viaturas que fazem parte das mesmas:

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-Picada entre Nova Coimbra e Lunho. (1)

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-O mato circundante á picada. (2)

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-Mais do mesmo. (3)

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-Esta área quimada junto á picada é mais segura para a viagem, já que no caso de uma emboscada por parte da Frelimo esta só é possível á distância. (4)

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-Nesta foto não restam quaisquer dúvidas que é o pessoal da C.Caç.3468 (ROMANOS), bem visível na viatura. (5)

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-As fotos não têm uma qualidade por aí além, pelo que me é difícil reconhecer este pessoal. (6)

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-Mato é a vegetação dominante (7)

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-Nas picadas em zonas perigosas, para uma ou mais viaturas passarem, havia necessidade de fazer "Picagem" ou seja ia pessoal á frente com uma pica para ir picando o terreno e se alguma picadela fosse de entrada fácil no chão, poderia ter sido ali colocada uma mina recentemente.
-Havia uns aparelhos sostificados chamados detectores de minas que também se usavam, mas tudo quanto fosse minério eles logo zumbiam. Bons e maus por estarem sempre a zumbir (8)

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-Mais uma foto com o pessoal na picagem. (9)

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-Outra foto na picagem. (10)

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-Picagem da picada. (11)

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-Pelas fotos estava a chover, o que tornava a vida do pessoal muito mais complicada. (12)

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-Nesta foto já se pode conhecer algum do pessoal, sendo que o António Pires é o da esquerda com um oleado camuflado.  Os restantes por muito boa vontade, não tenho memória para lembrar os seus nomes. Há por aí algum camarada que me ajude ? (13)

02 - Fotos de Luís Martinho (Quartel de Nova Coimbra) :


-Irei colocar á vossa disposição a possibilidade de verem algumas fotos do quartel de Nova Coimbra,( antiga machamba) que são do Luís Martinho a quem agradeço a gentileza da sua cedência:
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-Aqui era o largo principal do quartel, onde havia um pequeno monumento alusivo á presença dos militares que por lá foram passando e de onde se partia ou chegava quando as viaturas eram postas em movimento.

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-Partida do pessoal a caminho provávelmente de Metangula, local onde muitos podiam comer uma refeição ao seu agrado num restaurante e assim se sentirem humanos.
-Estou incluido nesse grupo, que sempre que podia lá estava sentado á mesa a comer um bom prato de bife com umas cervejas a acompanhar.
- Aqui embora não fosse a cidade já se podia considerar alguma qualidade de vida, comparativamente com o "Buraco" que era o quartel em Nova Coimbra.

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-Neste edifício era a messe de oficiais. Seria em tempos de machamba a casa principal do machambeiro e como tal a que ainda tinha alguma qualidade de vida.
-Quanto ao resto eram quatro paredes tapadas a chapa zincada com uma porta onde havia uma cama da tropa para se dormir e viva o luxo. Nas casernas onde o pessoal estava instalado a nível de soldados e cabos atiradores era igual, embora em espaço maior e com janelas.
-Normalmente os militares das especialidades tinham os seus grupos em alojamentos separados.

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-Esta foto pode provar o acabei de escrever acima, vendo-se ao fundo uma das casernas.

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-Esta foto tem uma berliet em reparação e ao fundo do lado direito a caserna do pessoal da "Ferrugem"

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-Foto onde se pode ver ao fundo a padaria.

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-Outra foto relacionada com a amostragem do forno e padaria.

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-Nesta foto está o que era a cozinha onde se preparava a comida para a malta.
-Ao fundo havia uma pocilga onde o vagomestre criava uns porcos com os restos que sobravam destas ementas preciosas, á base de arroz e massa.

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-O pessoal lá ia em fila, com o seu prato na mão passar pela cozinha e depois dirigia-se á caserna afim de engolir o que lhe punham no mesmo.
- Antes ainda passava pelo depósito de géneros para ir buscar um caneco com vinho branco dos bidons de chapa de 200 litros, que era proveniente da metrópole e depois batizado com alguma água quando da abertura dos mesmos  para lhe tirar o grau, não fosse este subir á cabeça dos pobres soldados.

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-Lá estão eles felizes da vida a receber o seu vinho(?)
-NOTA IMPORTANTE: Reparem que a inseparável G3, até na hora de ir buscar o tacho estava logo ali, se não na mão, á mão de ser retirada do ombro para uma eventualidade inesperada, ou nem tanto.

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-Mais uma imagem da cozinha e padaria.

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-Foto onde se pode ver ao fundo o depósito de água que era extraída dum furo mesmo ao lado através de uma bomba, mas que depois de a mesma avariar, nunca mais foi reparada.
-A partir daí foi necessário ir buscar água em bidons a um rio ali a cerca de (?)cinco kilómetros, tarefa nada fácil e de grande risco, que obrigava á mobilização de número razoável de militares e meios.

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-Mais uma imagem de duas casernas ao fundo.

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-Outra imagem das casernas e depósito de água, onde se vê o militar e o civil em corrida, ou não fosse o momento em que era preciso alguma protecção mais adequada em virtude de algum ataque da guerrilha naquele preciso momento.
-Normalmente os ataques eram ao pôr do Sol, facilitando a retirada dos atacantes, pois durante a noite os nossos militares corriam riscos enormes na perseguição.

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-Posto de sentinela, vendo-se logo a seguir a pista de terra batida onde aterravam as avionetas de frescos e correio e que eu aproveitava para ir até Vila Cabral, afim de trazer material auto e onde a vida era mais suave.
-A seguir á pista era o campo de futebol, onde a malta se entretinha com uns jogos.

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-Estes montes que circundam o quartel em Nova Coimbra, eram aproveitados para os combatentes da Frelimo, fazerem o lançamento de morteiradas sobre o nosso quartel, pondo-se a slavo num ápice.

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-Aqui tiveram a pontaria afinada e uma das granadas do morteiro atingiu o paiol,  felizmente sem problemas de maior, também porque o cujo dito estava coberto com terra tipo caverna e as chapas zincadas apenas eram para evitar o efeito das chuvas.
-Não fosse esta segurança e certamente teria sido algo de indescritível, sabendo-se que um paiol como o nosso tinha sempre bastante material.

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-Este posto de sentinela tinha uma parte elevada em cima das árvores e também uma cave coberta com terra por causa das granadas de morteiro com que de vez em quando a Frelimo nos comtemplava.

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-Ao fundo um panorama do quartel em Nova Coimbra, sendo esta a entrada para o mesmo.

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-Estrada já com o quartel bem perto do nosso lado esquerdo.

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-Outra imagem perto do quartel de Nova Coimbra, onde se vai a chegar numa viatura.

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-Á noite para efeitos de aterragem de uma avioneta para socorro a alguém em dificuldades, tínhamos que iluminar a pista com archotes afim de o piloto saber onde podia aterrar ou levantar.
- Felizmente não foi operação muito necessária aquando da nossa passagem por este local.

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-Esta foto, embora tremida tem a imagem do casario decadente onde estávamos alojados em N.Coimbra.

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-Aqui era a messe de sargentos, coisa fina coberta de chapa zincada, onde antes de ir dormir, o pessoal lá matava o tempo lendo, conversando ou jogando cartas ou algo parecido.
-Pela esquerda está o Almeida (GE); ?? (GE); Marques; Luis Martinho (B.Caç.3850); ao fundo o Bacelar; de lá para cá e apenas se vê parte da cabeça é o Morgado; o Alvim (Já falecido); o Silveirinha (Já falecido) e o Matos a comtemplar a sua Asay Pentax que por sinal também tinha uma igual.

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-Por fim e de propósito aqui está do lado esquerdo o Amigo Luis Martinho, o homem que cedeu estas fotos, acompanhado do Amigo de ambos, vagomestre Matos.

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-Esta foto, também da autoria do Martinho é uma vista aérea do quartel de Nova Coimbra.

01 - Fotos de Luís Martinho (Povoação de Nova Coimbra) :


-Vou começar a ocupação deste espaço, com fotos que gentilmente me foram cedidas por um ex.camarada do B.Caç.3850 (Metangula) e se encontrava em serviço no quartel de Nova Coimbra quando lá cheguei.
-Era o homem que tinha um "Estúdio fotográfico" ali instalado e fazia as fotos da rapaziada aparecerem nas cujas ditas com toda a mestria.
- Posteriormente veio a ceder esta arte a um seu Amigo pessoal dos tempos de estudante na Nazaré (Aqui bem perto das Caldas), mais precisamente o fur.vagomestre Matos, que os destinos lhe reservaram um encontro tão distante das suas origens.
-Estas fotos são de bastante qualidade e mostram com alguma clareza o "Buraco" que era o quartel de Nova Coimbra, que ficava a cerca de (?) dois kilómetros da povoação com o mesmo nome.

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-Foto de Nova Coimbra (Missão do aldeamento)

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-Igreja em Nova Coimbra

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-Povoação de Nova Coimbra

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-Quando "Os Checas" chegavam para Nova Coimbra ou a caminho do Lunho, havia sempre uma recepção á altura do acontecimento.
- O local foi no aldeamento e quem vinha a chegar não sei se seria a minha companhia ou uma outra qualquer, mas festa não faltava.
- Pudera era sinal dos festejantes que estavam de saída para algo bem melhor do tinham tido até aí.